Quando pensamos em legado, qual é a primeira coisa que passa em nossa cabeça?
São reis e rainhas? Grandes imperadores ou governantes? Muitos podem até penar em seus ídolos e inspirações pessoais. Cantores, escritores, artistas. Ou, quem sabe, em sua família.
O legado, nada mais é, aquilo que se deixa. Que se passa a outro.
Não precisamos ser a pessoa mais famosa e conhecida do mundo para isso, embora seja, da natureza humana, querer ser lembrado por muitos. Temos medo do esquecimento.
Dentro do movimento Leoístico, isso se aplica da mesma forma?
O legado é ter nossa foto pendurada na parede, ao lado de demais companheiros? Um certificado dourado de nossa conquista? Diversos troféus na prateleira?
Diria que não, pelo menos, não completamente. Essas coisas são importantes e, certamente, de nossos desejos pessoais, mas não são elas que definem nosso legado.
Durante meus anos de LEO, percebi cada vez mais que nada nos torna mais humanos que o esquecimento. Somos fadados a isso, e a vida é singularmente bela por isso.
Esquecemos datas, memórias, nomes e também rostos. Não somos eternos na memória.
Mas as coisas também se perdem. Corroem, molham, queimam. Viram pó. Não somos eternos nem na matéria.
O nosso legado mais eterno, é momentâneo.
O legado que deixamos, é nossa breve existência.
E ele é aquilo que nos constrói, e constrói a outrem.
As pessoas que ajudamos, amamos, apoiamos, que fizemos rir, e que fizemos crescer, são nosso legado. Elas não se lembrarão para sempre, na memória, de quem fomos. Nomes e rostos são complicados. Só que lá no fundo, todas as atitudes estão sempre muito bem eternizadas.
E, lá no fundo, três letrinhas estarão sempre formando a mesma palavra, que terá sempre o mesmo significado para todas elas. O de amor, esperança e mudança.
Espero, que para nós, essas três letrinhas, que formam LEO, se gravem com um significado a mais. O de legado.
CLEO Tayana Maria Zenere
LEO Clube Sananduva