Contaram-me uma história, em um momento difícil, onde, para proteger-
se da adversidade, a pessoa escondia-se embaixo de uma árvore e esperava a tempestade passar.
Quando os momentos de dificuldade vêm, quando a
insegurança assola e o medo de errar paralisa, me pergunto: como escapar
destas tempestades?
Não sei dizer qual a árvore que protege delas, mas sei que tem coisas
na vida que se equiparam a esta árvore. Sustenta aquilo que é alicerce, e não
há sustentáculo em galhos ocos ou areias movediças. O que sustenta e
protege é aquilo que realmente carrega solidez. Os laços temporários e as
terras flexíveis não seguram o peso de um momento de dificuldade.
De floricultura em floricultura, procuro esta árvore. Difícil, todos falam
que ela está onde eu menos espero, mas não sabem que lugar é este!
Então, ao atravessar a rua, vejo uma criança entregando seus doces a
uma moça que mora na calçada em frente ao supermercado;
Minutos depois, recebo uma ligação dos meus pais, dizendo o quanto
me amam;
Ligo a TV, e aparece a notícia de uma pessoa que doou parte de tudo o
que tinha para crianças carentes;
Vou para a aula, e vejo professores que dedicam sua vida à educação
dos jovens;
Chego em casa e meu irmão me recebe com um abraço e um “eu te
amo”.
Não há floricultura que venda a tal árvore que protege de tempestades,
mas suspeito que ela tenha deixado belos frutos espalhados por aí.
Na dúvida, dei nome às minhas próprias árvores, pois elas me
protegeram de muitas tempestades: A primeira se chama Deus, a esta árvore
eu recorri tantas vezes, e a ela sou grata todos os dias;
Outra árvore eu chamo de família, esta não só protege, mas também
alimenta. Que bela árvore eu tenho!
Tenho mais muitas e muitas delas, algumas chamo de amigos, outras de
colegas, outras de animais. Percebo que tenho uma plantação, e cada árvore
me protege de alguma tempestade diferente, mas estas mesmas árvores não
sobrevivem se a elas eu não der atenção, se não regá-las, cuidá-las e
preservá-las.
Assim é a vida: nós temos tantas árvores que, por vezes, deixamos que
elas nos protejam e esquecemos de protege-las, então elas enfraquecem e vão
sumindo aos poucos. Os laços que criamos são nossa maior proteção face às
mais perigosas tempestades.
Na vida, são eles o que eu mais prezo, e são estas as árvores as que eu
mais rego.
Desejo que todos que lerem essa mensagem e ouvirem, com fé, estas
palavras, se deem as mãos neste momento, fechem os olhos por 30 segundos,
e lembrem de 3 importantes árvores. Será que eles têm cuidado bem delas?
Será que as podam, regam e preservam com amor?
Quais são as suas árvores?
Que possamos repensar nossos laços, sustentar nossas crenças e
enxergar, nas pequenas e grandes atitudes quais são as árvores que
queremos preservar em nosso jardim, para que elas nos alimentem, nos
protejam, e por nós sejam alimentadas e protegidas, porque a maior força que
eu encontro nos momentos de dificuldade, com certeza, vem das árvores que
eu mais preservo.
Quando nos sentirmos incapazes, insuficientes e inseguros, basta que
olhemos para tudo o que construímos, e enxerguemos a nossa grande
plantação.
Não há medo que supere o amor,
Não há insegurança que supere a coragem, nem há erro que supere a vontade de ser sempre uma pessoa melhor.
Encontre, hoje, suas árvores, e seja você também uma importante
árvore, e um importante alicerce, na vida de todos aqueles que te cercam.
Perceba que a mais forte das tempestades há de se tornar pequena diante da
força da bondade, da fé e do amor!
Assim seja!
C.LEO Fernanda Rotta Zanella
LEO Clube Serafina Corrêa – AL 2021/2022.