Viva, o ciclo é finito

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Viva, o ciclo é finito

O que você lembra quando pensa em LEO? A primeira coisa que lembro
é da minha primeira reunião. Mas, talvez, você lembre de uma campanha. Um
abraço. Um sorriso. Talvez de algum evento em que você se divertiu muito. Ou
até de quando foi empossado. No meu primeiro ano de movimento, onde tudo
era tão novo e tão desafiador, me lembro claramente de pensar depois de cada
atividade: “meu lugar é aqui, é aqui que eu pertenço, é aqui que eu sou feliz e é
aqui que eu me encontro em mim mesma. Com essas pessoas, nesses
lugares, fazendo isso.” Três anos depois da minha primeira reunião, e eu ainda
sinto isso. Mas, agora, esse sentimento é mais maduro. É mais calmo. Não
vem de um lugar de novidade, de euforia, mas de um lugar de uma pessoa que
cresceu dentro do movimento. Que é plenamente feliz com o caminho que
trilhou e está trilhando, com os seus percalços, erros e acertos. Não me
entendam mal, eu ainda fico ansiosa na noite anterior a um evento. Me
empolgo com uma nova ideia de campanha. Me emociono quando o Clube
conquista algo. Rio, choro, amo, erro, acerto e faço tudo de novo. Isso é viver o
movimento.
Lembra que te perguntei o que você lembra quando pensa em LEO? O
que você lembra agora quando pensa em LEO, não é a mesma coisa que você
lembrava quando ingressou. Porque você viveu tanto desde lá, fez tanto,
aprendeu tanto e conheceu tanto. Desde que descobri que não poderia ficar no
LEO para sempre, o pensamento de “o que eu vou fazer quando chegar a
minha hora?”, ronda minha cabeça. Mas também posso dizer que, hoje, o LEO
também me ensinou a substituir esse pensamento por: “O quanto e o quê eu
quero viver para lembrar quando eu chegar na idade limite de ser LEO?
Quantas pessoas eu quero ter ajudado? Quanto eu quero ter me desenvolvido
e me desafiado? Qual marca eu quero deixar no mundo e nas pessoas?
Quantas pessoas eu quero trazer para o movimento, para que façam a
diferença como eu?”.
‘ Enfim, esses e outros pensamentos me trazem de volta à realidade de
que o que resiste ao tempo são as memórias. Os laços. Alguns registros. Os
encontros que nos marcam. No LEO, somos arquitetos de memórias de cada
segundo que estamos aqui. Que possamos mergulhar na nossa capacidade de
amar, servir, lembrar e ser lembrado; que possamos sempre mergulhar na
vulnerabilidade que nos conecta enquanto Companheiros LEO. Que, ao
atingirmos os 30 anos, a vida e o tempo nos permita continuar nosso caminho
no LIONS, com toda a experiência, alegria, vivacidade e sagacidade que o LEO
nos permite enquanto jovens. E que possamos dar nosso adeus sabendo que,
na verdade: o LEO sempre está de portas abertas para quem permanece com
o coração aberto. Como na natureza, existe um motivo para que as coisas
sejam finitas: aquilo que acaba, é vivido e apreciado mais intensamente.

Assim seja,

CLEO Isabelle Nied
LEO Clube Sarandi

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