Quando sentimos insegurança, sentimos como se todas as nossas
capacidades fossem insuficientes. É como se o que aprendemos até agora não
agregasse para a solução de um conflito. E por vezes, é esse o sentimento que
nos impede de prosseguir, de evoluir e de confiar em si mesmo. A insegurança
é um mal que se não for podado, com certeza nos impedirá de trilhar
resultados espetaculares.
Mas é inevitável, em algum momento, se sentir inseguro. Quando não
temos certeza das nossas convicções, quando achamos que não temos a
correta preparação para realizar algo… A insegurança, como todas as nossas
fraquezas, são artifícios da nossa psicologia. De um ponto de vista leigo na
matéria, ela nos complementa, e quem sabe, tenta nos proteger da frustração
de algo dar errado. Ela é semelhante ao medo, mas enquanto eu o vejo para
quem não está sequer disposto a tentar se arriscar, a insegurança é a dúvida
se algo dará certo, mesmo que tenhamos as ferramentas e a capacidade para
fazer o que precisa.
Então, onde buscamos apoio? Onde conseguimos forças para não
fraquejar? Onde buscamos forças para continuar no caminho de um futuro que
não conhecemos? Onde achamos a nossa confiança?… O que eu deveria
responder? Deus? Nossos pais? Nossa psicóloga? Nosso cachorro? Nenhuma
estaria errada, nem a do cachorro. Inclusive, até se complementam. Fato é que
temos sim fontes de apoio. Temos alguém para nos aconselhar, dar um ombro
amigo. Alguém para torcer por nós, mas a grande verdade é que mesmo se a
multidão do Rock in Rio estiver na nossa rede de apoio, qual será o sentido se
a pessoa que mais deveria te apoiar, mais deveria confiar em ti, que mais
deveria acreditar na sua capacidade não o faz. Apesar de todas as influências
da sociedade ou da nossa família, quem faz acontecer as coisas na nossa vida
é ninguém menos que você próprio. Parte de si a vontade de combater a
insegurança, e no final, adivinha quem irá colher os resultados?
Mas eu reconheço muito bem: é fácil escrever palavras bonitas em um
texto. É fácil despejar tudo o que a teoria pede para ser feito. Na prática, ao
contrário, nada vem fácil. É duro se livrar das amarras da insegurança.
É desanimador pensar que alguém pode fazer o mesmo trabalho que eu, só que
melhor. Porém, o que eu acho mais pesaroso é alguém ter todas as
capacidades possíveis para atravessar as barreiras dos desafios, mas não ter a
confiança para enfrentá-los.
As palavras bonitas, afinal, não são mentiras e enfrentar os desafios não
é fácil, mas como vamos crescer e aprender se não fizermos?
Assim seja.
CLEO Giulia Maia Cittolin
LEO Clube Ilópolis