Participar de um LEO Clube é um ato com tantas consequências na vida de um jovem e de proporções tão imensas que, muitas vezes, só fica perceptível se olharmos do lado de fora, comparando nossas vidas antes e depois do LEO transformá-las.
O movimento te pega pela mão e te mostra pouco a pouco o caminho que você precisa trilhar para se tornar um líder. E é aos poucos mesmo, porém cada passo representa um degrau importante e indispensável nessa caminhada. Primeiro, você tem que se apresentar a pessoas desconhecidas, pelo menos a maioria delas, pedindo licença para inserir-se naquele grupo, demonstrando ser merecedor dessa chance.
O jovem aprende a conviver com pessoas de idades, padrões de vida, estilos e objetivos completamente diferentes dos seus, com respeito e, acima de tudo, aprendendo a extrair de cada pessoa o que de melhor ela tem para incorporar na sua vida, compartilhando o melhor de si próprio. Aliás, o LEO te mostra com toda a clareza que não é criticando as falhas que as corrigimos, mas sim apontando outro caminho, demonstrando como se faz melhor alguma coisa.
Em seguida, chega o momento de se envolver nas campanhas, sendo necessário motivar um grupo de pessoas fazendo com que elas adotem uma ideia e se esforcem para a pôr em prática, por meio do trabalho voluntário, ou seja, sem nenhuma recompensa material.
E mesmo com toda a organização possível, eles sempre dão um jeito de aparecer: os imprevistos. Pode ser o tempo, a falta de algum material ou peça chave da proposta, pode ter certeza, algo não vai sair como o planejado. Essa, entretanto, é a melhor parte, porque são nesses momentos que se aprende a lidar com frustações, a ter que pensar numa solução rápida e a ter sempre um plano “B”, talvez um plano “C” também.
Da mesma forma ocorre com os eventos que o clube de que um companheiro faz parte se propõe a sediar. Não quer dizer que a organização e motivação não são suficientes para realização de um bom evento ou de uma boa campanha, deve-se,
sim, buscar a perfeição em tudo que se faz, não só no movimento, até porque assim os imprevistos serão menores. Mas, também, não é só de sucesso que se forma um líder, sendo que os fracassos são cruciais para a formação de uma pessoa que esteja preparada para lidar com todo tipo de situação.
Todo esse caminho percorrido se amplifica quando o companheiro recebe a missão de participar da diretoria de seu clube, pois nesse momento ele terá de pôr em prática a liderança que já adquiriu e buscar desenvolvê-la ainda mais. Os dirigentes e diretores de um clube tem de ao mesmo tempo ser rígidos e flexíveis, tem de impor algumas regras e rotina, mas também se adequar a realidade do clube e de seus companheiros, chegando ao consenso da melhor forma de condução daquele LEO.
Um exemplo simples é o horário de uma reunião ou a data de uma festiva, a reunião e a festiva tem de acontecer, isso não está em discussão, porém através do diálogo com os companheiros é realizada a tentativa de que a maioria possa participar e extrair aprendizado daquele momento. Outra coisa que se aprende: nunca será possível reunir, tampouco agradar a todos, mas a tentativa é válida, está lá na nossa sigla no “O” de oportunidade.
Quando você participa de um LEO, não tem noção exata do significado disso em sua vida. Essa dimensão é aparente, todavia, quando você se afasta do movimento e percebe que aprendeu a ser paciente, a ser estratégico e organizado, a ser proativo e lidar de forma tranquila com os problemas, que aprendeu a ser disciplinado e cuidadoso com o que fala, uma vez que o que não acrescenta não precisa ser explanado.
Mais que isso, você percebe que a sua comunidade passou a te identificar como alguém que se engaja em fazer a diferença. Além disso, os laços que se cria dentro de um LEO constituem um emaranhado tão complexo que é impossível desfazer. Assim, a conclusão é uma só: não importam as dificuldades, a melhor escolha é ser um LEO.
C.LEO Bruna Eduarda Lidoni Bossardi
LEO Clube Flores da Cunha